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sábado, 19 de fevereiro de 2011




“Você já sentiu um arrepio atrás da nuca, como se fosse a morte passando por você? Eu já. Sinto isso todo o tempo. É como a dor de ver partir um ser amado. Seu coração bate rápido e devagar ao mesmo tempo, ele começa rápido mais depois diminui, vai perdendo sua força aos poucos. Até ele parar. Quando ele pára você sente seu mundo desabar, seu chão cair. Como se fosse a dor de alguém pegar uma faca e arrancar o seu coração a sangue frio, com o desmazelo e a frieza, o ódio. Mas aí você pensa: “não vou chorar, eu vou ser forte”. Mas ser forte, o que é isso? É ter que falar com ele sem olhar nos olhos, para não transparecer o meu amor, é vê-lo com outra e ficar calada, é não correr para os braços dele e implorar para que fique comigo. É chorar escondido e sorrir na frente dele, é não deixar cair uma lágrima sabendo notícias dele, e se alguém perguntar “você ainda gosta dele?”, ser forte e responder que não sente mais nada, mesmo que a minha vontade seja de gritar para todos que eu ainda o amo. Então você muda completamente, e mente pra você mesma que está tudo bem e que não está nem aí para nada. Sua vida começa a melhorar e você começa a sorrir mais e faz da sua vida algo melhor do que já viu e ouviu, não busca a perfeição em mais ninguém, e espera que não busquem isso de você. Só que ai você sente aquele arrepio atrás da nuca de novo, desaba e diz pra você mesma nunca vai conseguir sozinha. Chora, chora e mais uma vez recua, e acaba o segurando pela mão, e o abraça para poder sentir as estrelas de novo, porque o que importa mesmo é saber que o mesmo céu que eu vejo, ilumina nós dois. E cada carinho que você leva até ele, representa cada pedaço do seu coração. Você não consegue ficar sem ele, porque a presença dele faz seu coração sentir a diferença, mas este é o começo do fim, porque ele não está aqui. Então a partir daí, você percebe que não era mais a mesma coisa, que é tarde demais, pois você o amou até o fim e ele nem percebeu que você morreu aos poucos sentindo a falta dele. Você conhece pessoas novas, faz amizades novas, mas no fundo, você está sempre sentada na mesa de canto, à espera do seu amor perdido. Você até pensa em se entregar de novo, mas então novamente, você sente aquele arrepio atrás da nuca.”


Origem do texto

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