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quarta-feira, 22 de setembro de 2010



“Vezenquando um ventinho entra pelas frestas da janela e faz musiquinha nos sinos chineses que dependurei no teto.”


Caio F. Abreu



''Chorei três horas, depois dormi dois dias. Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total. Até a próxima morte, que qualquer nascimento pressagia."


Caio F. Abreu



“Divida isso comigo, tem um gosto bom.”


Caio F. Abreu



"Eu sei, é um doce te amar. O amargo é querer-te pra mim."


Los Hermanos



“Seja o que for, vou ter que falar de estrelas... Só que não se vêem nunca as estrelas nesta maldita cidade, senão começaria a falar já. Tudo bem, falo depois.”


Caio F. Abreu



“De repente já estou no fim dos 20 e não tenho nada do que as pessoas costumam ter nessa idade. Tenho planos, claro (todo mundo tem). Mas objetivamente estou sem nada aqui à minha frente. O momento futuro é uma incógnita absoluta. Eu não posso pensar ‘não, daqui a um ano eu vou pro campo ou eu caso ou eu me formo ou eu vou à Europa’. Eu não sei. Fico esperando que pinte alguma coisa, naturalmente. E essa falta de ação me esmaga um pouco.''


Caio F. Abreu



"E gosto das tuas histórias. E gosto da tua pessoa. Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, somá-las, diminuí-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto."


Caio F. Abreu



“Olha aqui, preste atenção, essa é a Nossa Canção. Vou cantá-la seja aonde for para nunca esquecer o nosso amor, o nosso amor... Veja bem, foi você, a razão e o porquê, de nascer esta canção assim, pois você é o amor que existe em mim...”


Luiz Ayrão



''Sei lá, é que eu ando. Muito triste. Uma merda, tudo isso. Mas não importa... Tem uma coisa dentro de mim que continua dormindo quando eu acordo, lá longe de mim.''


Caio F. Abreu



"A saudade não tem nada de trivial. Interfere em nossa vida de um modo às vezes sereno, às vezes não. É um sentimento bem-vindo, pois confirma o valor de quem é ou foi importante para nós, e é ao mesmo tempo um sentimento incômodo, porque acusa a ausência, e os ausentes sempre nos doem."


Martha Medeiros



''Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.''


Caio F. Abreu




''No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo delicioso de se sentir que escorregava de dentro da gente e se esparramava no sorriso. Escapulia no olhar. Cantava no silêncio. Fazia florescer pés de sol no tempo encantado em que estávamos juntos. Dispensava nomes e entendimentos. Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria. De vida abraçada. De chuva quando beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu diz estrelas. Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom.''

Ana Jácomo