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domingo, 31 de outubro de 2010



"Dizem que a Primavera chega trocando a roupa da paisagem. E no auge da sua descrença o dia amanheceu de novo. Quando não queria mais fugir de si mesma, foi surpreendida por uma voz de timbre limpo, olhos atenciosos e mãos que diziam coisas. Era alguém que tranquilizava quando apenas sorria. Uma pessoa que trazia em si o amparo de tudo. Tinha o dom da conveniência e da clareza e pronunciava reciprocidade.

O fato resumindo é que o amor não era mais aquele estardalhaço. O amor era suave e tinha um jeito de penetrar sem invadir, de libertar no abraço. O amor não era mais aquela insônia, mas sonho bom na entrega ao desconhecido. O amor não era mais a iminência de um conflito, mas uma confiança na vida. E, pela primeira vez, o amor não carregava resquícios de abandono, pois havia descoberto: o amor estava ali porque ambos estavam prontos.

O Tempo estava certo"


Marla de Queiroz



"Plenitude é quando a vida cabe no instante presente sem aperto e a gente desfruta o conforto de não sentir falta de nada."

Ana Jácomo


“Até onde podemos ir? Até o limite do suportável. Um belo dia, depois de inúmeras repetições do mesmo erro, a gente desiste. Com tristeza pela perda, mas com alegria pela descoberta, diz pra si mesmo: cheguei até aqui. E, então, a vida muda.”


Martha Medeiros



"Sem saudade de você, sem saudade de mim, o passado passou enfim."

Alice Ruiz


"Não sabia que era precisamente esse fracasso que me levaria ao lugar que desejava. As correntes do rio profundo foram mais generosas que o meu remar contra elas. Não cheguei aonde planejei ir. Cheguei, sem querer, aonde meu coração queria chegar, sem que eu o soubesse."


Rubem Alves



“É burro cantar coisas que eu, tu, ele, nós sentimos? É brega ter desejos e carências e dores e suspiros assim, de gente? Sentir não é brega. Ao contrário: não existe nada mais chique.”


Caio F. Abreu



“Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la.”

Augusto Cury

Traquinagem by Sayô



“Não há nada que nos dê mais segurança emocional do que não “precisar” dos outros, e sim contar com os outros para aquilo em que eles são insubstituíveis: companhia, sexo, risadas, amizade, conforto. Se ainda não atingiu esse estágio, suba num cavalo imaginário e dê seu grito do Ipiranga. Ficar amarrado à vida alheia faz você viver menos a sua. Nada de se fazer de desentendida, só para não se incomodar. Incomode-se. Dependência é morte.”


Martha Medeiros



“O olho vê, a lembrança revê e a imaginação trans vê.”


Manoel de Barros



“Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: Tudo é provisório, inclusive nós.


Martha Medeiros



“A prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: eu me permito mais liberdade e mais experiências. E aceito o acaso. Anseio pelo que ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou felizmente mais doida.”


Clarice Lispector



Estou forte, descobriu certo dia (...) Porque não morri, porque é verão e eu quero ver, rever, transver, milver tudo que não vi (...)”


Caio F. Abreu



“Com receio de sofrer, homens realizam vasectomia no coração. Com receio de sofrer, mulheres fazem ligadura no coração. Ambos tornam-se indiferentes e descrentes. Ambos sacrificam a fertilidade, o inesperado, o porvir. São enterrados de pé. Viver não é racionar o que se conhece. O que se conhece é insuficiente. Os riscos fazem parte da euforia. Como a dor, a alegria também pode ser insuportável. Por receio da alegria, sofremos.

Fabrício Carpinejar